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A Arte Sagrada de Shakespeare

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Sobre o Autor

Ouça também um Recorte Literário desta obra. Duração de 10 min.

O perenealista francês René Guénon, desvelou o esoterismo contido na obra A Divina Comédia de Dante Alighieri, o pensador francês Patrick Paul esmiuçou em sua obra O Segredo do Graal a profundidade espiritual contida na obra principal de Chrétien de Troyes Perceval ou O Romance do Graal, e na obra que apresentamos aqui: A Arte Sagrada de Shakespeare, o perenealista inglês Martin Lings aponta o teor esotérico das obras Hamlet, Otelo, Macbeth, Rei Lear e A Tempestade, do grande dramaturgo William Shakespeare (1564 – 1616).

O homem só reconhece e aprecia aquilo que é ele mesmo em estado de realização”. Goethe (1749 – 1832)

Esta é uma premissa básica e sabida por todos os estudiosos sérios do esoterismo, aqueles que já adentraram uma via autentica do Caminho Espiritual. Trata-se da capacidade de discernir, de reconhecer, seja em um poema, um romance, uma música, uma pintura, uma dança ou em uma simples fala, a procedência, a origem, de onde surgiu aquele movimento, aquela ação. É como separar o joio do trigo, o sagrado do profano, o Eterno do passageiro, a verdade da ilusão. Todo leitor esotérico sério sabe que existem diversos níveis de entendimento, partindo do sentido literal, passando pelo alegórico, chegando no simbólico até penetrar no segredo último contido naquela expressão humana.

Uma obra pode ter um caráter estético fantástico e ao mesmo tempo não ter uma raiz profunda conectada à vida, pode ser o resultado de uma mera reflexão racional sem uma inspiração profunda e sem uma grande elevação.

Uma obra vinculada ao Eterno, é uma obra que fala para nós, fala de nós e de nossa própria busca espiritual. Onde os personagens e os lugares da história podem evocar e acordar as diversas forças anímicas que nos habitam – mundos que, de maneira consciente ou inconsciente, nos constituem integralmente. Esse tipo de obra é capaz de direcionar elucidar e até levar o leitor à descoberta do mistério oculto da origem (humana): esse é o objetivo último das obras esotéricas autenticas.

Milhares de especialistas analisaram as obras desse dramaturgo insuperável, seja a partir de uma perspectiva literária, psicológica e até mesmo astrológica (pela alta incidência de temas planetários, estelares e cósmicos em suas obras), mas nesta obra lançada pela primeira vez em 1984, o grande perenealista Martin Lings, nos dá um belíssimo presente ao nos apresentar as principais peças de Shakespeare sob a luz de um amplo contexto espiritual, nos mostrando a intrínseca preocupação de Shakespeare com a busca da realização espiritual plena, que é alcançada depois das muitas e difíceis etapas da alquimia interior.

Martin Lings nos esclarece que é disso que docorre a grandeza essencial de Shakespeare, concentrando nossa atenção no impacto global que essas peças causam em nós, seja quando assistidas em um teatro ou quando lidas, contanto que estejamos com o coração aberto. Para esse fim, ele se concentra em oferecer ao leitor as chaves textuais dessas grandes peças, nos personagens e nas representações teatrais, de modo a nos transmitir a grandeza espiritual desse dramaturgo, de uma maneira que talvez nenhum outro livro sobre Shakespeare no mundo possa nos proporcionar.

Texto: Kleiton Fontes – Revisão: Américo Sommerman
Recorte Literário: Marcelo Paganotti

Martin Lings, foi um filósofo das religiões, escritor, poeta e místico inglês ligado a uma importante corrente do pensamento do século XX chamada de Filosofia Perene ou Perenialista.

Nasceu 1909 em Burnage, província do condado de Lancashire (60km de Liverpool), em uma família protestante. Logo na infância seu pai foi transferido para os Estados Unidos levando toda a família. De volta a Inglaterra, graduou-se em Letras na renomada Magdalen College (faculdade vinculada a Universidade de Oxford). Chegou a ser aluno e posteriormente amigo do grande teólogo cristão e romancista Clive Staples Lewis, mais conhecido como C. S. Lewis, escritor de várias obras importantes, entre elas: As Crônicas de Nárnia e Cristianismo Puro e Simples.

Em 1935 (aos 26 anos), já formado, passou um ano ensinando inglês na Polônia e, depois, foi contratado pela recém fundada Universidade Vytautas Magnus, na Lituânia (ainda vinculada a União Soviética), onde lecionou inglês e anglo-saxão.

Em 1938, Lings e mais 2 amigos, Adrian Paterson e Peter Townsend, foram a Basileia (Suiça) conhecer o grande metafísico e perenialista Frithjof Schuon, que era vinculado a uma das confrarias sufis: ordens iniciáticas (esotéricas) ligadas ao islamismo. Pouco depois, converteu-se ao Islã, a fim de se vincular formalmente a essa ordem e ao líder espiritual da mesma, adquirindo então o nome Abu Bakr Siraj Ad-Din. A ordem à qual se vinculou chama-se Alawiyya, da qual Schuon era um dos representantes na Europ. Nesta mesma viagem, conheceu também o perenialista italiano Titus Burckhardt (1908-1984), que na época também residia na Basiléia.

Em 1939, empreendeu uma viagem ao Cairo (capital do Egito), a fim de se aproximar pessoalmente do pensador, esoterista e grande metafísico francês René Guénon (que já residia por lá a 10 anos) e que, juntamente com Schuon, foi o maior expoente da filosofia Perenialista. Estabeleceu um grande vínculo com Guénon, a ponto de tornar-se seu secretário, vendo-o quase que diariamente. Aprendeu árabe e tornou-se professor de literatura inglesa na Universidade do Cairo, onde também ensinava e produzia as principais peças de William Shakespeare.

Em 1944 (ainda no Egito) casou-se com Lesley Smalley (Arafat) e mudaram-se para uma vila próxima as pirâmides.

Em 1952 foi expulso do Egito junto de todos estrangeiros europeus, ação executada pela Revolução Nacionalista Egípcia. De volta a Londres, obteve um novo bacharelado e, posteriormente, fez um doutorado no Instituto de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres com uma tese sobre a vida do Xeique (mestre espiritual) Sufi Ahmad al-Alawi, fundador daquela confraria sufi à qual tinha se vinculado por meio de Fritjoff Schuon: a confraria Darqawia Alawia. Esta tese deu origem ao seu livro intitulado Um Santo Sufi do Século XX (A Sufi Saint of the Twentieth Century).

Junto com Lorde Northbourne e outros amigos, esteve presente no inesquecível encontro entre Frithjof Schuon e o grande guru indiano Swami Ramdas na casa dos perenialistas budistas Marco Pallis e Richard Nicholson em Londres, em setembro de 1954.

Em 1955, Lings passou a fazer parte da equipe do British Museum (depois renomeado como British Library), onde de 1970 a 1975 teve o cargo de conservador de manuscritos orientais. De 1974 a 1976, foi consultor para a organização do Festival Mundial do Islã, que se realizou em vários museus de Londres durante o ano de 1966. O próprio Lings organizou a monumental exibição de maravilhosos manuscritos alcorânicos de todas as partes do mundo que aconteceu no Museu Britânico. Além disso, junto com Titus Burckhardt, colaborou ativamente na exibição “As Artes do Islã”, que fez parte do mesmo festival. Em 1977, Lings foi à Meca, a convite da Universidade Rei Abd Al-Aziz, a fim de participar de uma conferência sobre educação islâmica.

Foi colaborador frequente da revista Studies in Comparative Religion (descontinuada em 1987).

Em 1983 publicou sua importante obra Muhammad – a vida do Profeta do Islã segundo as fontes mais antigas, que foi muito bem recebida no mundo muçulmano, chegando a ser premiada no Paquistão e no Egito.

Após seu retorno à Europa, Lings passou a visitar Frithjof Schuon uma vez por ano na Suíça e, depois, nos Estados Unidos, quando Schuon mudou-se para lá, e também recebeu visitas anuais de Schuon em sua casa na Inglaterra.

Frequentemente acompanhado de sua esposa, visitou com frequência seus amigos que moravam na América do Norte, na África do Sul, no Oriente Médio, no subcontinente indiano e na Malásia.

Faz parte de um importante hall de perenialistas do Século XX que conta com grandes pensadores como: René Guénon, Frithjof Schuon, Titus Burckhardt, Ananda Coomaraswamy, Whitall Perry, William Stoddart, Marco Pallis e o brasileiro Mateus Soares de Azevedo.

Foi um escritor prolífico. Seus livros podem ser divididos em três categorias: obras filosóficas ou teológicas, escritos e palestras sobre Shakespeare, e livros sobre temáticas islâmicas.

Entre as suas obras de maior destaque, podemos citar:

A Arte Sagrada de Shakespeare (1ª ed. 1966). Obra sobre a qual foi feito um documentário com o nome Shakespeare’s Spirituality: A Perspective (Uma entrevista com o Dr. Martin Lings);

Sabedoria Tradicional e Superstições Modernas (1ª ed., 1980) – obra considerada uma continuação do livro clássico A Crise do Mundo Moderno (1922) de René Guénon, onde aponta as contradições e os erros da mentalidade materialista e relativista da modernidade, indicando respostas da Filosofia Perene para os dilemas do homem contemporâneo;

Muhammad – a vida do Profeta do Islã segundo as fontes mais antigas (2010);

Sob o pseudônimo “William Massey”, traduziu para o inglês a obra “Oriente e Ocidente” de René Guénon, e foi por toda sua vida um expositor, à sua própria maneira, dos ensinamentos de Guénon e Schuon.

Faleceu no dia 12 de maio de 2005 na cidade de Kent (Inglaterra).

Peso 0,507 kg
Dimensões 16 × 23 × 1,8 cm
AUTOR

Martin Lings

TRADUÇÃO

Mateus Soares de Azevedo

ISBN-10

85- 85-86775-04-5

ISBN-13

978858677504-8

EDIÇÃO

1ª. Edição, 2004

PÁGINAS

336

IDIOMA

Português, BR

ENCADERNAÇÃO

Brochura

1 avaliação para A Arte Sagrada de Shakespeare

  1. Fabricio Saquezi

    Somente um autor especializado na filosofia perene e no teatro como Martin Lings poderia captar a metafísica contida nas obras de Shakespeare. Grande obra!!

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