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Depois de escrever e disponibilizar as suas primeiras obras: A Aurora Nascente, Os Princípios da Essência Divina, A Vida Tripla do Ser Humano, Jacob Boehme (1575-1624) continuou a escrever com grande intensidade, obras que imediatamente foram reconhecidas como grandes referências da Sabedoria Ocidental.
Publicada pela primeira vez em 1620 na Alemanha com o título As Quarenta Questões sobre a origem, a essência, o ser, a natureza e propriedade da alma; e sobre o que ela é, de eternidade em eternidade ou Psychologia Vera, esta obra é um longo tratado, uma grande revelação divina, quarta obra escrita pelo “Príncipe dos Filósofos Divinos”. Nela o autor procurou responder com base em suas experiências espirituais as questões metafísicas elaboradas por um dos seus amigos, o médico polonês e amante dos grandes mistérios, Dr. Balthasar Walter.
Depois de percorrer várias universidades da Alemanha em busca de respostas para questões sobre a alma consideradas pelos acadêmicos como impossíveis de serem respondidas de maneira sólida e convincente, o Dr. Balthasar Walter catalogou-as e enviou-as via carta a Boëhme, que prontamente respondeu a todas elas.
A resposta à Primeira Questão: “De onde proveio a alma no começo do mundo?” é de uma profundidade tal que para compreendê-la o leitor precisará não apenas já ter se iluminado pela graça do Espírito de Deus, mas, além disso, ter lido antes as três primeiras obras do autor. Elas são imprescindíveis no processo gradual de lapidar a razão (grosseira) e naturalmente aguçar e abrir a intuição intelectual também conhecida como olho interior da alma ou olho da unidade, só ela sendo capaz de apreender os princípios metafísicos num ato direto, sem esforço, em uma via imediata e capaz de levar a um entendimento das essências transcendentes e suprassensíveis, pois como o próprio autor diz a seu amigo: “As respostas que te darei serão fortes e profundas, porém, breves. Não serão conformes a razão externa, mas conformes o espírito do conhecimento”.
O tema central do livro são as respostas a essas Quarenta Questões, sendo cada uma delas um capítulo. Nelas o teósofo teutônico Jacob Boëhme demonstra ser uma autentica porta para a verdadeira compreensão do cristianismo, seus escritos e revelações atemporais sendo capazes de saciar a sede das almas que buscam a verdade.
Esta publicação é a única disponível na língua portuguesa e foi enriquecida pelas notas feitas pelo tradutor, Américo Sommerman, maior especialista brasileiro nas obras de Jacob Boehme. Possui também um Prefácio e uma conclusão do próprio autor, nos quais se dirige ao seu amigo Balthasar Walter, e contém ainda um glossário exclusivo da edição brasileira com maiores esclarecimentos dos principais termos empregados pelo autor alemão.
Como o próprio autor diz: “Toma-as (as respostas) como um presente de Deus e encontrarás nelas coisas maiores do que nos oradores mais habilidosos em sua arte, a menos que eles também tenham nascido nessa mesma escola”.
Como fechamento do quinteto de ouro de Boëhme e consolidação clara de toda a sua profundidade, recomendamos a leitura do quinto livro do autor, intitulado A Revelação do Grande Mistério Divino ou Mysterium Magnum, formado por 3 tratados do próprio Boëhme e de outros 2 tratados escrito por seu admirador e ilustrador alquímico Dionysius Andreas Freher (1649-1728), obra também disponível no Catálogo da Polar Editorial.
Texto: Kleiton Fontes – Revisão: Américo Sommerman
Jakob Böhme, por vezes grafado como Jacob Boehme, (Alt Seidenberg, Silésia, 24 de abril de 1575 — Görlitz, 17 de novembro de 1624) foi um filósofo e místico luterano alemão.
Böhme passou por experiências místicas em toda a sua juventude, culminando em uma epifania no ano de 1600 que teria lhe revelado a estrutura espiritual do mundo, assim como as relações entre o Bem e o Mal. Na época, ele decidiu não divulgar a sua experiência e continuou trabalhando como sapateiro na cidade de Goerlitz, na Silésia, constituindo família e tendo quatro filhos. Entretanto, após uma outra visão em 1610, ele começou a escrever sua primeira obra, Aurora (Die Morgenroete im Aufgang), resultante dessa iluminação. O tratado foi publicado e divulgado em forma de manuscrito até que uma cópia caiu nas mãos de Gregorious Ritcher, principal pastor de Görlitz, que o considerou herético e ameaçou exilar Böhme, se ele não parasse de divulgar os seus escritos. Após anos de silêncio, os amigos e patronos de Böhme conseguiram convencê-lo a continuar escrevendo e em pouco tempo novas cópias escritas a mãos começaram a circular.
Neste retrato de Böhme consta uma inscrição com uma terceira grafia de seu nome, Iacob Behme.
Seu primeiro livro impresso, Christosophia (der Weg zu Christo), foi publicado em 1623 e causou outro escândalo. Em um curto período de tempo, entre 1618 e 1624), Böhme produziu uma enorme quantidade de tratados e epístolas, incluindo suas maiores obras De Signatura Rerum e Misterium Magnum. Suas idéias conquistaram muitos seguidores em toda a Europa e os seus discípulos ficaram conhecidos como os boehmistas.
Como uma ironia do destino, Johan G. Gichtel, o filho do principal antagonista de Böhme, o pastor Gregorious Ritcher, se tornou um discípulo indireto, comentador e editor de uma coleção de trechos das obras de Böhme, os quais foram mais tarde publicados no ano de 1682 em Amsterdã. As obras completas de Böhme só foram publicadas pela primeira vez em 1730. Johan G. Gichtel também escreveu uma autobiografia espiritual intitulada A Senda do Homem Celeste, descrevendo como colocou em prática tudo o que aprendeu com o estudo das obras de Böhme, chegando, segundo ele, à realização da senda espiritual. A Senda é considerado um clássico do pensamento místico-cristão de sua época.
Como conseqüência de suas idéias e escritos, Böhme passou o último ano de sua vida exilado em Dresden, retornando à Görlitz unicamente para dar um adeus final à vida aos 49 anos de idade.
Nos dias atuais, as obras de Böhme são estudadas e admiradas por diversas comunidades de espiritualistas, místicos, martinistas, teosofistas e filósofos em todo o mundo.
Peso | 0,435 kg |
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Dimensões | 16 × 23 × 2,4 cm |
AUTOR | Jacob Boehme |
TRADUÇÃO | Américo Sommerman |
ISBN-10 | 8586775053 |
ISBN-13 | 978858677505-5 |
EDIÇÃO | 1ª. Edição, 2005 |
PÁGINAS | 286 |
IDIOMA | Português, BR |
ENCADERNAÇÃO | Brochura |
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