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Esta Caixa Temática da Cabala é formada pelas obras:
– O Zohar – de Rabi Shimon ben Yohai;
– O Bahir – de Rabi Nehuniá bem HaKana;
– A Cabala Vol. I – NOVO! – de Patrick Paul;
– A Cabala Vol. II – NOVO! – de Patrick Paul.
O Sêfer ha-Zohar – O Livro do Esplendor, apareceu na Espanha no fim do século XIII e é a obra literária mais importante da Cabalá, a tradição mística do judaísmo.
Muitos são os questionamentos com relação a sua real origem e autenticidade, porém a hipótese mais defendida atribui a sua autoria ao sábio Rabino Shimon ben Yochai (Século I). Independentemente disso, O Zohar integrou-se de tal forma na história do povo judeu que se tornou o principal a referência máxima para os estudos cabalistas. O seu aparecimento na forma escrita no século XIII na Espanha causou tamanho impacto na história da mística que passou a ser considerado um patrimônio da humanidade comparável a obras do porte do Corpus Hermeticum de Hermes Trimegisto, do Corpus Dionysiacum do Pseudo-Areopagita, dos autores “canônicos” do neoplatonismo (como Plotino e Proclo) e, bem posteriormente, das obras de Jacob Boehme.
Como diz Gershom Scholem, um dos maiores especialistas acadêmicos na mística judaica, nenhuma outra obra “teve uma influência e um sucesso sequer aproximadamente similar ao seu. […] uma fonte de doutrina e revelação igual em autoridade à Bíblia e ao Talmud, e com o mesmo grau canônico: o que é uma prerrogativa que não pode ser postulada por nenhuma outra obra da literatura judaica”. O Zohar foi escrito na forma de uma longa novela onde grandes rabinos do século II discutem e explicam os segredos dos cinco livros de Moisés (a Torá) e de outros livros das Escrituras Sagradas. Dentre esses grandes rabinos, destaca-se a figura de Shimon ben Yochai, um dos maiores santos da história do judaísmo”.
Fazendo uso de um enredo focado na rica relação Mestres-discípulos, faz uso desse sofisticado artificio literário e pedagógico comum também nas grandes obras espirituais védicas, budistas e sufis, bem como em textos de outras grandes tradições espirituais da humanidade, fertilizando e enriquecendo o imaginário do leitor, abrindo espaço para uma leitura mais concentrada e meditativa, criando um ambiente mais propício e convidativo para penetrar nos seus segredos mais ocultos.
Essa obra, lançada pela 1ª vez em 2006, era naquele momento inédita na língua portuguesa. A edição utilizada pela Polar dessas duas partes do Zohar foi publicada originalmente em inglês em 1932 pelo Rabino Ariel Bension (1880 – 1932), e ela contempla a terceira e quarta parte das edições completas do Zohar, conhecidas como: Idra Rabba (Grande Assembleia) e Idra Zuta (Pequena Assembleia).
Nesta edição da Polar ela está dividida em 3 partes:
O Prólogo foi escrito pelo pensador espanhol Miguel de Unamuno, contemporâneo do Rabino Ariel Bension. Que é seguido de um estudo do próprio rabi Ariel Bension sobre as origens do Livro do Esplendor.
Texto: Kleiton Fontes – Revisão: Américo Sommerman
O Sêfer ha-Bahir (O Livro da Iluminação) é um dos mais antigos e importantes textos clássicos da Cabala, a tradição mística do judaísmo. Alguns estudiosos chegam a considerá-lo como o mais antigo texto cabalístico escrito. Até a publicação do Sêfer ha-Zohar (O Livro do Esplendor), o Bahir era a principal fonte de informação sobre os ensinamentos cabalísticos, sendo a obra mais influente e largamente citada. De fato, um estudo cuidadoso revela
uma considerável semelhança entre as duas obras, o que pode ser explicado pelo fato de que o Rabino Shimon bar Yochai, autor do O Zohar, conhecia os ensinamentos de Rabi Nehunia ben Hakana (o presumido autor do Bahir) mesmo antes da revelação mística especial que Rabi Shimon teve durante os 12 anos em que ficou escondido numa caverna. Ao que tudo indica, o Rabi Shimon bar Yochai já devia ter sido iniciado na Tradição dos Mistérios da Carruagem", como o Bahir chama a dimensão mais profunda da Cabala.
Ambas as obras se complementam e formam um duplo pilar luminoso: o Bahir relacionado a Luz e, o Zohar, ao Esplendor.
Essa obra é mencionada em quase todos os trabalhos relevantes que tratam da Cabala, o mais antigo deles sendo o comentário do Rabi Abraham bem Davi (1125-1198) a respeito do Sêfer Ietsirá; o Rabino Moisés bem Nachman ou Nachmanides (1194-1270) – mais conhecido pelo seu acrônimo Ramban –, em seu comentário sobre a Torá, a ele se refere várias vezes. É, além disso, com frequência parafraseado e transcrito no O Zohar.
Seu nome, Bahir, deriva do primeiro versículo citado no texto de Jó (37:21): “E já não se pode olhar para a luz resplandecente (Bahir) dos céus”. É também chamado de “Midrash do Rabino Nehuniá ben HaKana (sábio talmúdico do Século I)”, talvez porque o seu nome aparece no início no livro, mas, realmente, a maioria dos cabalistas atribui o Bahir a ele e à sua escola.
Embora o Bahir seja um livro pequeno, comparado ao Zohar, contendo ao todo cerca de 12.000 palavras, era altamente conceituado entre aqueles que indagavam seus mistérios. Escreve o Rabino Judá Chayit, emérito cabalista
do século XV: “Torna este livro uma coroa para a tua cabeça”. Grande parte do texto é de difícil compreensão, e disse o grande Rabino Moisés Cordovero (1522-1570), diretor de uma importante escola de Cabala na cidade de
Safed, no norte de Israel: “As palavras desse texto são luminosas (Bahir) e cintilantes, mas o seu brilho pode cegar”.
Diz a tradição que o Bahir foi preservado por uma pequena escola de cabalistas na Terra Santa, mas a sua primeira publicação deu-se por volta de 1176, por iniciativa da escola cabalística da Provença (França), e el circulou sob a forma de manuscrito entre um número limitado de leitores. Obra inédita na língua portuguesa, rica em notas, contém Ilustrações explicativas e Quadros ilustrativos. Seus ensinamentos podem ser divididos em 5 partes, sendo elas: (1) sobre os Primeiros versículos da criação (1-16), (2) sobre o Alfabeto hebraico (27-44), (3) sobre As Sete Vozes e as Sefirot (45-123), (4) sobre As dez Sefirot (123-193) e (5) sobre os Mistérios da Alma (194-200). A segunda metade desta edição brasileira do Bahir contém os preciosos comentários feitos pelo Rabino Aryeh Kaplan. E, como anexo, o leitor pode encontrar no final todo o texto do Bahir em hebraico.
Esta grande obra, juntamente com o Sêfer ha-Zohar e o Sêfer Yetsirá, constituem os pilares fundamentais da tradição cabalista.
Texto: Kleiton Fontes – Revisão: Américo Sommerman
Por uma determinada perspectiva, pode-se dizer que toda obra esotérica autentica é atemporal, capaz de transpor (atravessar) séculos, idiomas e culturas diferentes, mantendo toda a sua riqueza interior protegida, intacta e sempre disponível a todo buscador sincero.
Visto por uma outra perspectiva (que não exclui a anterior), pode-se dizer que cada obra também contém uma relação direta com o seu tempo histórico, as demandas psicológicas e cognitivas de seu povo e a ânsia interior e espiritual daquele determinado contexto cultural.
Por essa perspectiva, fica evidente a razão pela qual muitos estudiosos da área esotérica dão tanta ênfase no estudo a partir de uma rigorosa hermenêutica, capaz de abrir diversos níveis de entendimento e chave fundamental para acessar a sabedoria eterna das respectivas obras, além de ser uma forma de evitar interpretações equivocadas e distorcidas, tão comum se de ver nos tempos atuais.
Outra característica de nosso tempo é a necessidade de adquirir muitos livros de uma mesma temática a fim de avançar nos estudos interiores. Isso é importante, pois na sua grande maioria as obras disponíveis no mercado nacional contemplam somente uma parte muito limitada do caminho, deixando sérias lacunas em aberto e muitas perguntas sem respostas. No final, o que se tem é uma grande colcha de retalhos, uma grande bricolagem, que só vai proporcionar um entendimento muito superficial e precário a respeito do assunto.
Conhecido pelo seu diferenciado repertório cultural, esotérico e espiritual, já visto em obras como Meditações sobre a Pedra Filosofal de Lambspring Volume I e II, O Segredo do Graal Volume I e II, e Os Diferentes Níveis de Realidade, também publicados pela Polar Editora, o pensador e médico francês Patrick Paul encara o desafio de introduzir o leitor brasileiro na respeitada mística judaica, mais conhecida como Cabala.
Diferente de suas obras anteriores, onde o autor integra conhecimentos da Alquimia, do Hermetismo, da Cavalaria, do Cristianismo e do Taoísmo, nesta obra Patrick Paul faz um contorno e se aprofunda na altíssima sabedoria esotérica judaica, tema ao qual se dedica há já mais de 40 anos.
Nesta primeira obra, o autor inicia com uma bela introdução sobre a Cabala e mostra a sua peculiar profundidade ao focar no Princípio Supremo, na Origem absoluta, ao detalhar os Três Véus da Existência Negativa, mais conhecidos como: o Ain (o Nada): Primeiro véu; o Ain Sof (O Infinito): Segundo véu; e o Ain Sof’Or (o Infinito de Luz): Terceiro véu, processo Teogônico responsável por toda a criação e pela emanação do divino em todos os níveis de realidade.
Mesmo havendo no mercado livreiro nacional uma grande quantidade de obras relacionadas às tradições espirituais e místicas, as pessoas sentem necessidade de adquirir muitos livros sobre uma mesma temática e tradição para poderem se aprofundar. Isso ocorre porque a grande maioria das obras disponíveis no Brasil consideram apenas uma pequena parte do grande caminho da Realização espiritual, de modo que sérias lacunas ficam em aberto e muitas perguntas ficam sem respostas, mesmo com os altos investimentos em livros e cursos.
Com o objetivo de disponibilizar a todos aqueles que têm uma busca sincera e bem intencionada dos conhecimentos esotéricos e iniciáticos mais profundos dessas grandes tradições de sabedoria a Polar Editora, juntamente com o médico e pensador francês Patrick Paul – conhecido pelo seu conhecimento profundo nesse campo (em parte já disponível no Brasil em obras como Meditações sobre a Pedra Filosofal de Lambspring Volume I e II, O Segredo do Graal Volume I e II, e Os Diferentes Níveis de Realidade) –, dá continuidade a esse grande desafio de introduzir o leitor brasileiro na respeitada mística judaica por meio de uma coleção de 7 livros sobre a Cabala.
Na obra introdutória A Cabala – Volume I: Os Três Véus da Existência Negativa o autor esclareceu com grande maestria os mistérios do Princípio Supremo, a Origem absoluta de todas as coisas, e detalhou seus desdobramentos, conhecidos como “Três Véus da Existência Negativa”: Ain (o Nada): Primeiro véu; Ain Sof (O Infinito): Segundo véu; e Ain Sof’Or (o Infinito de Luz): Terceiro véu, que estabelecem o início do processo teogônico, responsável pela emanação e criação subsequente de todos os Quatro Mundos.
Nesta segunda obra da série, o autor nos disponibiliza conceitos fundamentais como: as chaves do Tseruf, método cabalístico de decifração das palavras; As Centelhas Divinas; O Verbo – Logos – Nome; As duas faces de Deus: Arik Anpin e Zeir Anpin; Malchut e o reino da Shechiná; as Klipot e a Queda; a Techuvá; a Questão do Tikun; a definição dos Quatro Mundos; o Arco da descida (livre arbítrio) e o da subida (destino) da energia criadora; as linhas ou pilares: os três pilares ou linhas (Guimel Kavim) que constituem o edifício (Binyan), bem como outros conceitos associados às práticas.
Essa coleção de 7 Volumes é direcionada ao estudante avançado que deseja rever seus conceitos, ampliar as suas perspectivas, aprofundar-se nesta temática ou mesmo consultar um tema específico. No entanto, os iniciantes nos estudos cabalísticos que sentem a necessidade de um entendimento mais objetivo, claro e linear também poderão, com algum esforço, abrir ali algumas portas de compreensão profunda.
As demais obras desta Coleção (que serão publicadas ao longo dos próximos anos) contemplarão as seguintes temáticas: Volume 3: O Maasê Bereschit – A Obra do Princípio: as ações, as palavras de Deus, os números; Volume 4: As letras hebraicas e os Caminhos da Árvore da Vida; Volume 5: A Astrologia Judaica; Volume 6: A Árvore da Vida e a Árvore do Conhecimento, as cinco almas, as duas criações; e, o Volume 7: O Maassê Merkabá – A Obra da Carruagem.
Peso | 1,619 kg |
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